O ciclo junino está começando com a abertura das festas, ditas em homenagem aos três santos da Igreja Católica: Antônio, João e Pedro . Na prática, o que se vê são referências ao consumo e à diversão sem limites, inclusive do próprio corpo, com a convocação para maratona de forró, beber de tudo e comer até não agüentar mais.
Não queiram confundir meu comentário com uma reprovação da alegria, da festa e da confraternização entre as pessoas. Trata apenas de uma observação de que todos temos os nossos limites, devemos estar cientes dessa realidade. “Conhecer a si próprio é um dever de cada um que pensa no bem dos outros”. Se você está disposto a sair com os amigos que adoram beber tudo e um pouco mais, avalie o próprio limite para não querer ir junto com muita ‘sede ao copo’. Seja amigo, mantenha o autocontrole. Alguém precisa levar os outros para casa em segurança.
As campanhas de conscientização com o selo de paz no trânsito ou outra coisa assim que só ficam no discurso e nas calçadas com panfletos jogados ao vento são várias. Uns dizem que precisava apertar mais no bolso de quem comete a loucura de sair dirigindo embriagado, outros pedem cadeia para quem for flagrado. Eu defendo as duas punições, porém, quem vai prender? Quem vai multar? A fiscalização está restrita a campanhas e operações com dia e hora para acabar.
Precisamos de pessoas educadas para os próprios limites – do corpo, da mente, financeiro, daí por diante. O interessante é que ouvimos muitos pais, grandes responsáveis pelo desequilíbrio humano, afirmando que impõem limites aos filhos para que eles cresçam boas pessoas, honestas, saudáveis e blá, blá, blá... Em algumas famílias, enquanto dependentes financeiramente, os filhos seguem a cartilha. Quando conseguem a independência financeira, tchau limites. “O dinheiro é meu”, “sou maior de idade”, “não preciso mais seguir suas ordens”.
Isso só demonstra que as pessoas não estão sendo educadas para conhecer os seus limites. Elas são reprimidas e incentivadas a, quando liberadas de certas obrigações, colocar esses limites à prova. “Conhecer as próprias limitações não quer dizer correr contra o tempo cronometrado, beber até cair, ficar sem dormir ou se drogar para saber até onde agüenta. Tem que avaliar os sinais surgidos ao longo do caminho para saber se dá para ir até o final, como e quando chegar lá”.
Fique atento! Nós podemos tudo que esteja dentro das nossas possibilidades. Não se retraia diante de falsas limitações, procure conhecer todo o seu potencial, sem precisar morrer por causa disso. Seja feliz!
sábado, 5 de junho de 2010
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